Seu filho tem apresentado alguma dificuldade de aprendizado na escola? Você tem se sentido uma mãe frustrada ou um pai frustrado por achar que não está lhe dando o devido apoio? Calma! Não estamos no fim do ano letivo ainda e algumas dicas podem contribuir para que ele melhore seu desempenho e consiga terminar o ano sem maiores problemas com as notas.
O primeiro passo é tentar identificar alguns sinais que definam que tipo de dificuldade ele vem enfrentando no ambiente escolar. Um dos problemas mais comentados na infância e na adolescência é o transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade (TDAH), caracterizado por sintomas como desatenção, inquietude e impulsividade, em combinação ou separados. Algumas dicas podem ajudar na detecção dessas dificuldades, como:
Verifique se há problemas de visão e/ou audição
Tente perceber se seu filho tem algum problema sensorial, como deficiências na visão e/ou na audição que possam prejudicar a performance no ambiente escolar. A primeira coisa a fazer, para isso, é marcar uma consulta com um oftalmologista e/ou com um otorrinolaringologista. Se seu filho frequenta um pediatra, ele pode te orientar.
Além dos problemas mais comuns de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo, ainda é preciso verificar o daltonismo. Um problema genético que é muito mais comum em homens do que em mulheres.
Um dado curioso é que muitas pessoas com esse tipo de deficiência visual só descobrem o problema quando adultas. Para tentar identificar o daltonismo pode-se fazer o teste de Ishihara, mas tente sempre procurar um profissional da área para confirmar um diagnóstico.
Converse com os professores
O ideal é marcar um bate-papo com três ou quatro professores para saber de que ordem são os problemas de aprendizado, se persistem ou se são apenas pontuais. Procure saber se somente ele está com dificuldades ou se o problema afeta outros alunos, se referem-se à leitura, escrita, à matemática ou se são distúrbios de ordem emocional, neurológica etc.
Recorra às redes sociais
Muitos pais, professores e psicólogos participam de redes sociais, seja por meio de grupos de discussão ou acessando aplicativos gratuitos que oferecem apoio pedagógico. Recorra aos principais suportes como Facebook, Twitter, Instagram para conhecer esses recursos que podem ser interessantes e ter um efeito real ao ajudar seu filho.
O aplicativo TeacherKit, por exemplo, organiza a vida de professores e alunos gerindo as atividades e o tempo gasto em cada uma delas. No Facebook, se digitarmos “apoio pedagógico” é possível encontrar professores e psicólogos que discutem problemas de aprendizado como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia etc.
Outra dica é entrar em contato com a escola para verificar se eles já oferecem ao estudante algum tipo de recurso nessa linha, aumentando, assim, a integração entre os pais e a escola.
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção ou Hiperatividade
Se os pais desconfiarem, por exemplo, que o filho tem sintomas de TDAH, é recomendável levá-lo a um neuropediatra para que ele seja devidamente diagnosticado, já que pesquisas realizadas em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil, indicam que apenas 5% a 8% das crianças tenham algum problema similar a este.
É muito importante que o médico seja especialista em neurologia infantil ou neuropediatria, já que o pode ser considerado um distúrbio para um adulto as vezes é normal para uma criança.
Analise o comportamento de seu filho
Posturas consideradas do tipo ‘derrotista’, como “sou burro mesmo” ou “não faço nada direito” ou sintomas como perda da confiança, medo, raiva, ansiedade, atitudes antissociais ou escapistas devem ser investigadas. Nesse caso, seria interessante procurar um psicólogo que possa prestar a assistência adequada.
Observe seu filho nas lições de casa
Ele está ‘enrolando’ para iniciar as tarefas de casa? Ou tem reclamado de que elas são impossíveis de serem realizadas? Ou ainda fala mal dos colegas e comenta que as aulas são entediantes? Talvez ele esteja com dificuldades para acompanhar a turma e seja preciso um professor particular. Mesmo que você seja uma mãe ou um pai com uma rotina de trabalho intensa, o que é cada vez mais comum nos dias de hoje, procure uma instituição de qualidade, que possa dar apoio ao seu filho não somente na véspera das provas.
Depois de seguir as dicas acima, é fundamental que você faça uma autoanálise, capaz de extrair o melhor de você, mas sem se penitenciar ou achar que você não é uma boa mãe ou um bom pai. Não se culpe pelas dificuldades de seu filho ou se nem sempre é possível participar das reuniões na escola. É natural que a criança ou o adolescente apresente alguma dificuldade na trajetória escolar.
Permita-se tentar ajudar seu filho, sem que isso seja um fardo que você não dê conta de carregar. É muito raro que um estudante seja brilhante em todas as disciplinas.
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