1 erro grave que cometi quando estava na escola e como resolvi

Não existe sensação pior do que se sentir incapaz, principalmente quando estamos na escola. Numa época em que temos muitas dúvidas, às vezes dúvidas que nem sabemos que temos, duvidar de si mesmo pode ser devastador. É como se você fosse o Super Homem, mas andasse com uma Kryptonita no bolso.

Você fica desmotivado, não quer ir para a aula. Às vezes acaba até pondo a culpa em alguém ou em algum acontecimento….

Isso é péssimo!

Nesse texto vou contar não só como evitar esse sentimento ruim, mas como evitar o erro que cometi.

O erro dos maus alunos

Houve um tempo que eu não gostei de matemática. Não ia com a cara da professora e acabei parando de estudar a matéria.

Mais tarde, teve uma prova que li o caderno todo para fazê-la e achei que era o suficiente. Adivinha só: tirei 0,5.
Isso mesmo, tirei meio ponto em uma prova que valia 10!

A boa notícia é que você só precisa achar em qual bolso está essa pedra verde que tira a sua energia e jogá-la fora.

Na tentativa de recuperar minhas notas, acabei tentando copiar o jeito que meus amigos mais inteligentes estudavam. Fui estudar na casa de um e de outro e até ajudava, mas eu sentia que não era o meu jeito, sabe?

Funcionou mais ou menos, eu até passava de ano (apesar das recuperações).

Foi só quando estava na faculdade que aprendi a estudar de verdade!
Não deixe passar tanto tempo!

O que aprendi ensinando outras pessoas

Para ter uma renda e ser mais independente, comecei a dar aulas particulares das matérias que eu mais gostava: matemática, geometria e física (em outro texto explico como um aluno mediano virou professor).

Nessa hora comecei a perceber que os métodos de estudo que eu achava que funcionavam para mim, não funcionavam para meus alunos.

Então, fui atrás de livros que explicassem como as pessoas aprendem, na intenção de ajudar meus alunos a irem melhor. Foi nessa hora que descobri em qual bolso estava uma das Kryptonitas! (Existiam várias e em vários lugares que pretendo contar em outros textos).

Comecei a perceber que nunca tinha parado para entender como eu, Bruno Piva, aprendia.

Vi várias técnicas diferentes, algumas meio malucas, e tentei aplicar em mim mesmo.

Umas deram certo e outras não.

Mais tarde fui estudar neurociência e as coisas começaram a fazer mais sentido…

O segredo para ser bom em matemática e em qualquer matéria

Ser bom em matemática ou em qualquer matéria, na maioria das vezes, não é uma questão de dom. É simplesmente uma questão de acreditar!

Calma! Sei que pode parecer fácil falar, mas afirmo isso não só baseado na minha experiência pessoal ou dos alunos que trabalhei.

Jo Boaler, pesquisadora de Stanford (universidade americana entre as melhores do mundo), explica como ela chegou nessa conclusão no Tedx abaixo.

Com uma brincadeira muito interessante ela mostra como um problema simples pode ser resolvido de diversas maneiras e o que isso nos mostra sobre a mentalidade dos alunos.

Confira:

Qual o seu estilo de aprendizagem?

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Acreditar é apenas o primeiro passo. Depois, um grande atalho para estudar melhor e ter mais tempo livre é conhecer o seu estilo de aprendizagem.

Algumas pessoas falam muito sobre 3 estilos de aprendizagem: o visual, o auditivo e o cinestésico.

Vou descrever mais adiante cada um deles.

Não existem estudos que provem a existência desses estilos.

Na prática, todos podemos aprender de todas maneiras. O que pode ser detectado é uma preferência por um estilo ou outro. Acredito que todos os estilos podem ser desenvolvidos com tempo e dedicação.

Tecnicamente falando, o que falta mesmo é colocar a mão na massa e tentar aplicar o conhecimento novo em algo. Isso reforça suas sinapses (local de contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra)

Como eu comecei a testar o estilo de aprendizagem que eu mais gostava, comecei a aprender mais. E na hora em que escolhi os que mais me agradavam (aqui entrou a emoção), começou a ficar mais gostoso estudar.

Visuais

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Pessoas visuais são muito atentas a cores, formas e contrastes. Não se engane achando que estudar por vídeo é a melhor maneira. Se o vídeo for de alguém parado explicando a matéria, será a mesma coisa que na sala de aula.

Um dos segredos para melhorar o seu estudo é tentar desenhar a matéria. Pode ser em forma de ilustração mesmo ou mapas mentais (mindmaps).

Auditivas

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Pessoas auditivas são muito atentas ao ritmo e ao tom. Nesse caso, algo que fica sempre no mesmo ritmo e tom, sem variações, pode te entediar.

Uma dica que funcionou muito para mim foi ouvir o som da minha própria voz explicando a matéria. Quando estou sozinho acabo fazendo vários timbres diferentes e colocando interjeições (parece meio bobo no começo, mas é só ninguém ver que não tem problema 😉 ).

Usar rimas ou fazer acrônimos.

(Palavra que se forma pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras, de uma expressão. Exemplo: NASA – National Aeronautics and Space Administration) 

também é uma ótima maneira de gravar novos conteúdos.

Outro truque que uso é contar tudo que aprendi no dia para alguém. É sério, sempre tento explicar algo que acabei de aprender para as pessoas a minha volta.

Cinestésicos

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Essas pessoas sentem mais as coisas, elas funcionam muito mais pelo tato.

A dica aqui é tentar se colocar no lugar do que você está estudando.

Por exemplo, se imagine no meio da segunda guerra. Está frio ou calor? Você está suando de ansiedade ou sentindo a adrenalina no seu corpo?

Pronto, conteúdo gravado com mais facilidade.

Independente do seu estilo de estudo favorito, o importante é experimentar todos eles e se aprimorar no que você gosta mais. Quanto mais você prestar atenção em como você estuda e guarda os aprendizados, mais fácil fica para você estudar na próxima vez.

Isso faz com que você estude melhor e, consequentemente, possa estudar menos tempo e absorver mais conteúdo!

Como aplicar as dicas dos estilos de aprendizagem nos seus estudos?

Quando comecei a dar aulas particulares, achava que só existia um jeito de estudar: o meu. Nunca tinha parado para pensar no assunto.

Hoje sei que cada um tem o seu estilo de estudar.

Após ter dado aula para mais de 1000 alunos, ficou claro que saber qual o seu estilo de aprendizagem ajuda em:

  • Melhor aproveitamento do tempo de estudo
  • Torna o estudo menos maçante
  • Promove o autoconhecimento
  • Aumenta o prazer de estudar
  • Mais tempo livre para se fazer o que gosta
  • Melhora a concentração na hora de estudar
  • Facilita a compreensão de conteúdos difíceis
  • Ajuda a transformar informações em memória de longo prazo

Em 2011, me uni a uma equipe de professores que tem como propósito ajudar pais e alunos a melhorarem seu desempenho e atingirem seus objetivos.

Essa foi uma lição importante para mim e centenas de nossos alunos.

E o que transformou um aluno mediano, com problemas de matemática, em um professor aficionado por como as pessoas aprendem.

Hoje, temos um programa onde essa equipe de professores super legais vai até a escola e ajuda os alunos a identificarem seus estilos preferidos de aprendizagem.

Ao final desse programa, nós entregamos uma ficha com um resumo do que falamos em uma das aulas.

Se quiser, você pode baixar essa ficha em alta resolução e imprimir para te ajudar clicando aqui.

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